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           A trup'emtrama é um coletivo artístico formado pelos         artistas Marcela Páez, Bruno Torrano e Giuliana Cerchiari. A trup'emtrama nasceu em 2021, dentro do contexto de isolamento social provocado pela pandemia de COVID-19, do desejo de resistir, respirar, criar e seguir movendo afetos pela arte, consolidando parcerias antigas e mergulhando na investigação cênica a partir do diálogo entre diferentes linguagens artísticas.

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A Viagem de Chuchulina

       Primeiro trabalho da trup'emtramaA Viagem de Chuchulina (2021) nasceu do projeto “Estudos para STRANJERA” desenvolvido entre 2014 e 2019 pela atriz e bailarina Marcela Páez, com a proposta de criar uma série de estudos cênicos solo, como “variações sobre um mesmo tema”, que pudessem abordar criativamente a questão do estrangeiro sob diferentes perspectivas – desde o âmbito mais pessoal, até abordagens de ordem política. Impulsionado por inquietações muito íntimas a respeito da experiência de “ser e estar estrangeira” e a necessidade de refletir através do corpo as múltiplas dimensões que envolvem esta problemática, o projeto se desenvolveu de forma totalmente independente – dentro do Grupo de Estudos Práticos da Coordenação Motora, do Estúdio Oito Nova Dança, com a orientação de Lu Favoreto. Ao  longo de seis anos, em uma extensa pesquisa, o trabalho frutificou em quatro estudos-solo, que nunca chegarem a ser produzidos e finalizados como espetáculos. Em 2021 o projeto ganhou novo fôlego com a criação de sua trilha sonora original e concepção de iluminação para o primeiro estudo da série (STRANJERA #1 Estudo Lúdico, de 2014) dando origem ao espetáculo inédito e inaugurando os trabalhos da trup’emtrama, firmando a parceria da intérprete-criadora Marcela Páez com o músico e sonoplasta Bruno Torrano e a atriz e iluminadora Giuliana Cerchiari.

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     A peça procura abordar reflexões acerca da alteridade de forma descontraída, em um trabalho de dança-teatro pensado a partir do universo infantil. A cena traz a questão do estrangeirismo instaurando um jogo dialógico entre intérprete e plateia, no qual a primeira fala uma língua que ninguém entende, inventada a partir da mistura do português, francês, inglês, espanhol e italiano. Ao choque gerado logo de início, pela quebra do código da comunicação cotidiana, se opõe a atitude animada da personagem-estrangeira que convida a brincar, imaginando e contando uma história mirabolante. 

     Assim, a personagem leva o público a se engajar em uma comunicação não convencional com ela, convocando a disponibilidade pessoal de cada um para lidar com diferenças e choques culturais. Com isso, A Viagem de Chuchulina consegue propor uma experiência lúdica e reflexiva para o público infantojuvenil (e adulto!), levantando questões complexas e significativas como alteridade e tolerância, sem cair em racionalizações excessivas, criando um ambiente em que crianças, jovens e adultos de todas as idades podem refletir e significar a situação proposta em cena, lidando com suas emoções e percepções sem a pressão de se adequar a um padrão comportamental pré-estabelecido.

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